Mesmo diante da oposição do presidente da Câmara, Hugo Motta, integrantes do governo federal demonstram confiança na manutenção do decreto que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com o objetivo de arrecadar R$ 20 bilhões ainda neste ano.
A medida, anunciada na semana passada, elevou a alíquota do IOF em operações com cartão de crédito de 3,38% para 3,50%, e em compras de moeda estrangeira em espécie de 1,10% para 3,50%. A proposta inicial previa também a taxação de remessas para investimentos internacionais, mas essa parte foi retirada após críticas.
Os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda) buscam alternativas para aumentar a arrecadação sem criar novos tributos, mas veem o aumento do IOF como uma ação inevitável a curto prazo. A crise no Congresso será discutida em reunião com o presidente Lula nesta quinta-feira (29), e Haddad deve apresentar, nos próximos dez dias, propostas de medidas sustentáveis para ampliar a receita no médio e longo prazo.
Hugo Motta criticou a decisão e pediu soluções estruturais que evitem aumentos tributários pontuais e improvisados.
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Diário da Informação